24 de mai. de 2011


Garimpeiro menino me fita.
Espirro uma gema ametista!
Na noite que desacompanho:
Sou cobre, sou chumbo; estanho.


Estranho sentimento morto
com cheiro de fezes e arroto
em todo silêncio que sinto:
O ferro, o silício, o zinco.


Finjo que não vejo nada...
Saliente, dança a madrugada
pequena, sem consideração:
Nem ouro, nem prata: latão.


Então fujo do oriente médio.
Geólogo errante e ébrio
à mesa sem pernas que como:
Com níquel, titânio ou cromo.


Tomo nas mãos metal líquido,
que trago como soro antiofídico,
e recolho minh’alma insônio:
De mercúrio, alumínio e zircônio.