9 de abr. de 2022

 

Eu so’um bom partido sem futuro

Mestre da escuridão e da rutilância

Sou a epigenética da estância

E a sociobiologia do lado impuro.


Eu sou o autoengano que deu certo

O otimismo do povo embrutecido

Dos idiotas eu sou o mais sabido

E entre sabidos eu sou menos esperto.


Eu sou o cãozinho domesticado

Uma neotenia grávida de lombrigas

Gritando, contra o mundo, pelo aborto.


A religião primitiva desse gado

Um professor sem alunos e intrigas

Dando aulas, pelos bares, absorto.