24 de nov. de 2014

A medida que me mede
deixa tudo imensurável...
(KRATARATÁ-BACARARÁ)
Ecoa nos dentes um ranger imastigável.


Como medir o que cede secundariamente
na sede do maquinário do aquário da gente?
(BAKARARÁ-CRATARATÁ)
Zoada, bem alta, chega a ser indecente...


Producente,
talvez,
de mais barulhos;
menos moços, poucos céticos, outros velhos, muitos surdos!
(SHIESSSSSSSSSS... CHIIISSSSSSSSSSS...)
Tendo todos eles, quase sempre, imaginários:
Ouço cantos
poéticos
de submarinos CETÁCEOS.

3 de nov. de 2014

Para Juliana Maria

Sinto arrepios em meu couro cabeludo.
Sindo calafrios em meus braços condizentes com o que sentes como frio e o que não sentes...

Sinto minha boca bem fechada e bem dormente.
Sinto minha alma tão rasgada que não vês o que sinto e como sinto que te portas como rês...

Um cinto apertado na cintura
é como angustia que não sara nem se cura.
É como laço de gravata no pescoço:
Aperta músculo; aperta nervo; aperta osso.

Cinto pequeno no ventre baixo
é sempre por demais angustiado,
(pra comer é bem incômodo 
e pra beber é agoniado!).
Agora sinto que esse cinto
já não me cabe e é ruim:
me sufoca e me maltrata e me deseja e se retrata,
mas não serve mais pra mim.