3 de nov. de 2014


Para Juliana Maria

Sinto arrepios em meu couro cabeludo.
Sindo calafrios em meus braços condizentes com o que sentes como frio e o que não sentes...

Sinto minha boca bem fechada e bem dormente.
Sinto minha alma tão rasgada que não vês o que sinto e como sinto que te portas como rês...

Um cinto apertado na cintura
é como angustia que não sara nem se cura.
É como laço de gravata no pescoço:
Aperta músculo; aperta nervo; aperta osso.

Cinto pequeno no ventre baixo
é sempre por demais angustiado,
(pra comer é bem incômodo 
e pra beber é agoniado!).
Agora sinto que esse cinto
já não me cabe e é ruim:
me sufoca e me maltrata e me deseja e se retrata,
mas não serve mais pra mim.