22 de mai. de 2018


As casas são como vidas paradas dentro de si...
Nelas a embriaguês é pecado. Tudo é só,
tudo é isso; isso não é o que procuro.
O que procuro não é nada: simples,
morto, complexo, vivo. Sou vítima de mim,
Sofro impiedosamente todo mal que sofri.
Por que sou ímpio? Não sei das punhaladas sem encanto!
Sei porque sofri todos os enganos do mundo...
Fugindo e perseguindo a verdade ando e não canto 
de canto em canto
pois a cada canto e todo dia em casa todo ele é falho 
e em nenhum deles há poemas.

Salvo:

Saco meus argumentos contra mim
e deles retiro o que não quero ouvir;
mesmo que eles e elas não saibam,
a embriaguês é meu pecado: dela
volto para dentro de mim,
onde a vida é parada pois já não sei se estou em casa ...