Eu so’um bom partido sem futuro
Mestre da escuridão e da rutilância
Sou a epigenética da estância
E a sociobiologia do lado impuro.
Eu sou o autoengano que deu certo
O otimismo do povo embrutecido
Dos idiotas eu sou o mais sabido
E entre sabidos eu sou menos esperto.
Eu sou o cãozinho domesticado
Uma neotenia grávida de lombrigas
Gritando, contra o mundo, pelo aborto.
A religião primitiva desse gado
Um professor sem alunos e intrigas
Dando aulas, pelos bares, absorto.