18 de mai. de 2011


(Para Douglas Mattos)

Meus terceiros sonhos da noite

Sempre foram regados a drogas e violência

Uma sensação de poder e impunidade que me toma

Podendo matar e estuprar sem culpas cristãs nem burguesas.


Ao despertar por completo do açoite

De meus oníricos festins à grandiloqüência

Sob a ducha fria e calculista que então me doma

Devo me masturbar carinhosamente como atrizes francesas.


Mas quando caio de meu mundo napoleônico

Percebo que sou orgânico demais

E não biônico!


Engulo atravessado comprimindo os meus ais

Da falha do meu projeto faraônico:

Ser mais capaz...