6 de jun. de 2010


Meus terceiros sonhos da noite
Sempre foram regados a drogas e violência
Numa sensação de poder e impunidade que me toma
Podendo matar e estuprar sem culpas cristãs nem burguesas

Ao despertar por completo do açoite
De meus oníricos festins à grandiloqüência
Sob a ducha fria e calculista que então me doma
Devo me masturbar carinhosamente como atrizes francesas

Mas quando caio de meu mundo napoleônico
Percebo que sou orgânico demais
E não biônico

Engulo atravessado comprimindo os meus ais
Da falha do meu projeto faraônico:
Ser mais capaz

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