Sou um projeto de gente que deu errado;
Um pedaço de humano animalizado;
Uma vida que surgiu pra perecer...
Meu Eu-homem não serve para viver!
Não sirvo a nada, nem sou servido.
Não sou saudável, mas tenho sido.
E trago n’alma um Cão-herói:
Que nada ergue, fora de si, tudo corrói!
O que me resta é uma Meia-vida,
D’algum antibiótico bactericida,
Que nunca mata, nem me seduz;
- Às vezes oxida e noutras reduz!