10 de mar. de 2014


Para Vinícius de Moraes

Chiar como corda no pescoço
Cair na forca como condenado
Tentar sumir sem fazer esforço
Qual doce de leite condensado

Cabelos pintados pelo tempo
Uma cama bem feita e nada mais
Passeando levado pelo vento
Lembro canções de ancestrais

Preciso que penses o que quero
Desisto e não me desespero
Insisto na forma de Ogum

Não entendo qualquer mitologia
O sistema é minha mialgia
Dói, mas continuo bebum.