19 de jul. de 2010


Sinto-me meio estranho ultimamente.
As coisas, muitas coisas de minha vida,
Me angustiam e enfraquecem.
Outras, como não haveria de ser diferente,
Tornam-me mais forte!
Tenho sérios problemas comigo mesmo;
minha cabeça não gira como o mundo:
Sou vários...

Algumas pessoas julgam me conhecer. Mas não me conheço!
Por que se faz tão necessário o reconhecimento diário de si mesmo?
Há um eu incontrolável e pulsante, belicoso, Espartano bêbado.
Há um eu sensual e delicado, inconseqüente, Ateniense bêbado.
Um pudico e outro devasso.
Uma fêmea e um macho.

Tenho um glutão faminto e maleducado dentro d’um garoto nobre e tímido.
Sou um monstro tão grande quanto um ciclope da Odisséia!
E, sou, um pai ausente angustiado...
Um Deus,
Um semideus,
E um homem;
Um homem nu.
Somente nu...


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