31 de jul. de 2019


Meu país é uma senzala continental.
Meu país é um imenso navio negreiro.
A polícia mestiça cuida dos pretos da capital;
E, mestiços hispânicos, dos pobres do povoeiro.


Meu país é uma capitania conceitual,
Onde se mata índio por qualquer dinheiro.
Por toda essa terra, espremidos pelo Capital,
Regamos o suco e o chorume do brasileiro.

Meu país é uma gigante Universal:
Igreja nefasta sem Deus no cumeeiro;
Pátria que reza pelas grades do prisional
Sistema alienante de fé no pastoreiro.

Meu país é uma vergonha internacional.
É lugar atrasado no mundo inteiro.
Aqui a justiça nunca foi imparcial
E a barbárie da elite vem em primeiro.