Teu parasitismo sexual não mais convence.
Livrei-me de tuas pinças,
Tuas quelíceras,
Teus pedipalpos…
Essa nossa simbiose não se compensa.
A viscosidade, dos nossos fluidos,
Já não condensa.
Os aguilhões contentes,
Brilhosos e cortejantes,
Que em nossos corpos quentes
Se fincam tão gotejantes,
São rijos e são ardentes,
Mas chegam tão murmurantes,
Que só ao partirem sentes
A ausência dos meliantes.
O escoamento laminar de nossas taras,
Quebram com a tesão superficial.
Livrei-me de tuas presas,
De tuas pressas,
De tuas patas…
...e ainda sou teu hospedeiro
Natural.