31 de out. de 2015


E de velhice é feita toda carne
Peneirada no selo da engrenagem
E o óleo que lubrifica a maquiagem
Vaporiza o terror dessa miragem

Pra morrer se acorda sem prazer
E do antigozo se traz outro trans-ser
Mas a peça não sustenta nem oprime

Azeitando a vida como é
E do peito ao chão cabe um pé
De nada serve de rodagem pra ninguém

Crustáceos crescem soltos pelo chão
E varizes enterram a plantação
Desfazendo-se na panela com manteiga.