24 de jun. de 2011

Castanhos-olhos-doce-de-leite.
Maduros-amarelados.
Como frutos prestes a cair e fermentar.

(enxergam na vida,
um desses explicar a outrem,
que cobranças são deslizes
empobrecidos e carentes
de fé
e de farto;
que se veja)

Por que tal felicidade?
Pra que tamanha angustia?
Tanto amargo em tanto
sugar...

Melhor arrumar algum projétil de vida,
Pra depois bagunçar alguma viva aplicada.

16 de jun. de 2011

Não me importa mais o teu passado.
Já não quero saber do que foi feito.
Não me assombra mais este teu jeito;
Mas confesso que estou demais cansado.

Do corpo teu, fazes tu, qual desfeito:
De brincar na carne triste do diabo;
E em tu’alma, meu espírito, tal coitado
Te banha com a porra quente do desejo.

Preenchendo-te a buceta em teu peito,
Num embrulho estomacal mal fadado.
De que adianta em tua cama ser eleito,
Se o nervo riste, anônimo, foi marcado.

9 de jun. de 2011

D'onde estou estudando agora
um som-de-plantas
abre um verde-ave.

(pra muitos, irritante...)

Há alguma luz-d'água que cai também entre folhas do céu monossilábico.

(tal mistura ilustre, ilustra lembranças embaçadas)

e penso em pássaros proparoxítonos;
e tenho as árvores proparoxítonas;
e quero ser belo, inteligente e eficiente como qualquer lâmpada;