28 de jan. de 2010


Já que posso falar sem sexo
Cópula das coisas que emprenho
As vulvas que não tive, detesto
D’aquelas que virão me abstenho

Só sei do que sou destarte
Das músicas que faço noturno
Se creio plausível algum’arte
É crença no nobre Saturno

Mitos não tenho nem quero
Relógio no pulso é prender
O tempo como um sinestésico

O tempo pra mim é morrer
Prefiro então o anestésico
Que faz Eu dormir sem doer

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