Para Miró
Hoje é o velório
E amanhã é o enterro.
O poeta jaz no empório
Para o nosso desespero.
Vamos beber o morto
e brindar às boas horas;
Recordar os versos, roucos,
E gargalhar lembrando glórias.
Hoje o poeta bailou
Sua última dança com a morte.
Amanhã será seu enterro,
Amanhã sua última performance.