Um velho arrogante
Peida seus
conhecimentos gerais
Enquanto lê as
páginas de um jornal.
Posso ver como ele é
burro
(mesmo que o termo
não sirva…).
Virando as folhas,
Virando as folhas,
Virando as folhas
Como se fossem a
verdade.
E tão compenetrado
fica nelas que sua burrice se sobressalta.
Coça o peito como
um macaco vestido,
Olha as horas num
relógio grande e digital,
Ajeita os óculos
mas continua inerte mentalmente;
A mão em cima do
papel,
Peluda como o início
dos homens – de outras eras...
Aí, sisudo como um
talão de cheques,
Ele me disse: Você
é estranho!