5 de set. de 2013

Às vezes é como se a alma fosse contas a pagar.
Às vezes é como se o corpo fosse casa a se arrumar.
Toda angustia de finitude tem um começo.
Avizinhar-se de toda morte tem seu preço.

Volições são desejos amarrados aos nossos pés.
Vocações são mentiras que enforcam os infiéis.
Em qualquer Ser é possível se universalizar.
Enquanto o Ente atua como ator sem interpretar.

Não existe trabalho.
Não existe produção.
Tudo é ato falho.
Ao fim tudo é adaptação.

Não somos o Eu.
Nem somos o Outro.
O que era vivo viveu.
E o que já se foi era pouco.