28 de jan. de 2010

Já que posso falar sem sexo
Cópula das coisas que emprenho
As vulvas que não tive, detesto
D’aquelas que virão me abstenho

Só sei do que sou destarte
Das músicas que faço noturno
Se creio plausível algum’arte
É crença no nobre Saturno

Mitos não tenho nem quero
Relógio no pulso é prender
O tempo como um sinestésico

O tempo pra mim é morrer
Prefiro então o anestésico
Que faz Eu dormir sem doer

...

10 de jan. de 2010

Ao contrário dos rapazes de minha época
Nunca fui de me masturbar no banheiro
Além de achar o local pouco relaxante
E um tanto inconveniente para tal prática
Sempre detestei a idéia
De meu sêmem
[com milhões de espermatozóides meus]
[e em todos eles meu código genético pulsando pela vida]
Ser lançado numa descarga frenética
Para ir nadar
MoriBUNDAmente
Numa grande caixa-de-merda.